Habitabilidade e Bem Estar[1]
Carlos Antônio Leite BrandãoProfessor do Departamento de Análise Crítica e Histórica da Arquitetura da Escola de Arquitetura da UFMG, Mestre em Filosofia, Doutor em Filosofia e Especialista em Cultura e Arte Barroca.
1. Introdução
Ambos os termos do título deste trabalho traduzem o fim da própria arquitetura: a produção de um espaço vivido, apropriado, familiar, dotado de uma ordem e de um sentido em que somos capaz de nos reconhecer, desenvolver nossas potencialidades e ³estar bem² conosco, com nossos semelhantes e com o mundo que nos cerca. Um edifício e uma cidade não são maravilhosos e nem cumprem suas tarefas em si mesmos. Mistos de arte e técnica, eles são erigidos a partir da necessidade de construir para abrigar as atividades humanas. Não há arquitetura e cidade propriamente ditas sem aquele que habita, mas também não há habitante sem habitat.A habitabilidade e o bem estar são atributos do sujeito e do objeto e surgem no encontro vivido do habitante e da habitação, um encontro que não é mera contemplação, mas envolve o uso, o atendimento de algumas necessidades e desejos por parte do espaço projetado e construído e um tempo em que se constitui a familiaridade do espaço com aquele que o habita. O espaço da arquitetura não é o espaço tout court, em si, mas situs, ³espaço humano, espaço humanizado, os sítios de nosso solo humano, lugar de nosso habitar, residência, habitação.²[2][2] Estamos no espaço de diversas formas, situamo-nos nele, ou seja, conformamo-lo à nossa situação e nos conformamos à sua disposição: um mesmo espaço pode ser apropriado diversamente por quem ama ou por quem está angustiado, um mesmo ponto da cidade uma praça, por exemplo tem um sentido para uns e outro para outros, a lanchonete de um hospital tem um sentido para uns e outro para outros. Mesmo um bosque, um espaço natural, pode providenciar bem ou mal-estar conforme a contingência do modo de ver de um mesmo sujeito, como Proust relata em diversos trechos de seu Em busca do tempo perdido. O bem estar, parece-nos, responde mais pelo polo subjetivo da habitabilidade: é a pessoa quem faz o seu estar, o seu estar bem ou o seu mal-estar.A ³habitabilidade² vem de habere, do ter e do ter-se no mundo, de tomar posse dele e de si: uma das formas do ser humano constituir sua posse de si e do mundo é edificando o seu habitat, no qual define e funda seus hábitos, sua ³habitualidade², e dá-lhes lugar, ou seja, cria uma ³morada², abriga os seus costumes, more. A habitabilidade de um espaço cria o bem-estar quando se conforma um meio através do qual o habitante se conquista, se identifica, se vê abrigado em seus costumes, seus hábitos, e encontra no habitat um modo de se ter, de encontrar-se depois de girar o mundo, a cidade ou o dia de trabalho. A arquitetura, e a palavra em Heidegger, ³funda o ser, oferece-lhe recato, segurança, morada onde confirmamos nossas certezas², como diz Moacyr Laterza.[3][3]O bem-estar varia no transcurso do tempo e com a variação dos costumes: o bem estar na história, o bem estar do povo iraquiano, o bem estar de uma criança. Esta divergência de bem-estares conforme as diferenças culturais gira em torno de um único núcleo: produzir a habitabilidade e o sentimento do habitar nos habitantes do espaço. Assim, se o bem-estar diverge entre vários tempos e culturas ou entre a criança e o idoso, por exemplo, também serão diversos os espaços que o produzem, mas todos se orientando para um único projeto: produzir a efetiva habitação do sujeito, e não seu mero ³alojamento² ou abrigo. Por isso, a habitabilidade e o bem-estar vão além da constituição da forma que abriga o hábito cotidiano, a habitudine, e requerem o ³decoro², os objetos que me confirmam, que me assentam em mim mesmo, os objetos próprios ao lugar e a mim e que dão-me um pouco de certeza da história que sou. O decoro não é decoração e o ornamento não é ornamentação, mas os instrumentos visíveis que fazem com que me encontre, que esteja num lugar este alguém que sou ³eu², com desejos e possibilidades a serem realizadas. Quando acontece este ³eu estou², este ³eu sou² e este ³posso ser eu, minhas circunstâncias e minhas possibilidades² o bem-estar vem e me põe em repouso ou em movimento. Quando, ao contrário, eu vejo o indecoroso à minha volta, este ³não-eu² que me contradiz e me faz sentir alienado e não estando em um lugar, vem a insatisfação, o mal-estar no espaço e o estar mal em mim e comigo.
2. A Habitabilidade e o Bem-Estar como familiaridade
Habitar o mundo e construir um mundo habitável: esse é o sentido de toda atividade do ser humano da religião à ciência, do trabalho ao lazer, da arte ao consumo de modo a compensar a condição precária e frágil da existência e a fugacidade e o efêmero da vida.Essa condição ³familiar² requer duas coisas: tempo e uso. As coisas que nossas atividades criam para tornar familiar o mundo devem ter a durabilidade e funcionalidade própria à familiaridade e ao uso que delas se espera. ³Sem se sentir à vontade em meio a coisas cuja durabilidade as torna adequadas ao uso e à construção de um mundo, do qual a própria permanência está em contraste direto com a vida, essa vida jamais seria humana², diz Hannah Arendt.[4][4] A durabilidade é a condição do uso. E é ela também que empresta às coisas uma certa objetividade e independência dos homens em particular. Assim, uma cadeira serve a várias pessoas e a várias gerações. Um martelo mantém-se com uma durabilidade formal e material que o permite resistir à imediaticidade dos usos. Uma casa é capaz de manter-se como tal e abrigar um lar de vários indivíduos, famílias e gerações. Se não, não seriam cadeira, martelo ou casa, mas fogos-fátuos. Ou seja, os objetos de uso portam consigo uma durabilidade que serve tanto para o uso imediato quanto para emprestar à vida humana uma certa estabilidade ou invariância. Isso permite a eles serem conhecidos em sua essência ou causas (final, formal, material e eficiente, conforme a Metafísica de Aristóteles) e ao mundo conquistar uma familiaridade: os utensílios e instrumentos assumem, portanto, um caráter mais do que meramente utilitário ou instrumental. Sua durabilidade e uso fundam a familiaridade e é essa familiaridade a responsável por dotar os objetos usados de sentido e significado simbólico capaz de fazer com que os preservemos ao lado de nossa cabeceira, no centro da mesa da sala, ou no meio de uma cidade.
É o uso que embeleza a habitação, diz Alberti no De Re Aedificatoria. Se a arquitetura tem no uso um componente e destino que a definem, mesmo no templo grego, e o seu propósito é o de providenciar a habitação humana, cumpre ser dotada da durabilidade necessária. A arquitetura surge como fruto do trabalho do homem para criar a objetividade do mundo que se pretenda familiar, humano, capaz de transformar o caos em cosmos e nele habitarmos de modo seguro, no sentido heideggeriano.[5][5] A despeito do efêmero e de sua contínua mutação, os homens podem reaver sua identidade diante do contato com a arquitetura e os vários objetos por ela suportados. É o ambiente arquitetônico que oferece uma objetividade que, interposta ao ambiente natural, dota o mundo da estabilidade necessária à sua apropriação, entendida como construção daquela familiaridade que nos livra da permanente mutação e do efêmero. Essa solidez e durabilidade é o produto do trabalho humano e investe a categoria da firmitas na obra de arquitetura. E, pelo próprio vínculo que estabelecemos entre a durabilidade e o uso, a firmitas anda de braço dado com a commoditas ou utilitas, segunda categoria da tríade que Alberti e Vitrúvio viram compor a obra de arquitetura. E, assim como o utensílio ou instrumento, a própria dimensão de uso e durabilidade própria ao objeto arquitetônico é capaz de nele investir, com o tempo, um valor simbólico e um sentido que ultrapassam o caráter meramente instrumental ou utilitário e que entram na composição da venustas, ao lado de sua valência estética.A Arquitetura só é capaz de criar um lar para os mortais se adquire estabilidade e durabilidade capazes de suportarem e sobreviverem à mutabilidade das coisas, ao movimento da vida e ao impacto das ações. Enquanto suporte, ela é o contraponto que serve, mais do que para abrigar homens, objetos e funções, para sustentar e compassar a sucessão cada vez mais veloz de instantes hipertrofiados. Só assim a Arquitetura consegue criar um lar para a diáspora em que se constitui a modernidade e o trânsfuga que constitui o homem que a habita em permanente estado de penúria e vazio. A sociedade de consumo, a velocidade das trocas e a obsolescência que ela impõe são estágios dessa modernidade cujos fundamentos situam-se há mais de quinhentos anos. Contudo, também o consumo, como o trabalho e o lazer, é atividade que contribui para tornar o mundo familiar, apropriado, usado. O perigo não está propriamente nele mas em não sermos mais capazes de criar como contraponto à sua crescente multiplicidade e futilidade as referências de permanência e durabilidade responsáveis por fazer com que a vida se fixe ou se realize em alguma coisa que permaneça, dê testemunho de nós mesmos, crie uma identidade e uma familiaridade com o mundo através das quais fazemo-nos autores da nossa própria vida ao invés de permanecermos como joguetes à mercê de um destino heterônomo e de informações sobre as quais perdemos o controle e a capacidade de interpretá-las.[6][6] Por sua materialidade, repercussão pública e capacidade de tecer dentro de si tanto os valores da firmitas quanto os da utilitas e da venustas, e por sua propriedade de cruzar as dimensões da técnica, da estética, da ética, da função, do imaginário e do simbólico, a Arquitetura é um dos poucos meios ainda disponíveis para fazer visível no mundo a díade estrutural na qual se faz nossa experiência do tempo e da história. Cumpre à Arquitetura transcender a mera funcionalidade das coisas produzidas para o consumo, a mera utilidade dos objetos produzidos para o uso, o mero deleite produzido pela beleza e a mera exibição das novidades produzidas pela mídia e pelas vitrines. A Arquitetura, hoje, é uma das poucas coisas que ainda pode portar um brilho de longa duração. Não a transformemos em outro fogo-fátuo e não façamos do arquiteto mais um entre tantos boitatás. Cumpre-lhe, apesar da prioridade dada ao efêmero na contemporaneidade, criar as condições para a constituição de um mundo familiar no qual se reconheça a dimensão temporal da existência e o espaço da história em que, verdadeira e provisoriamente, ainda habitamos não apenas como indivíduos mas como integrantes de um ethos comum, compartilhado e familiar. Num tempo de tantos fogos-fátuos, conviria que a arquitetura não fosse mais um deles.
3. A Habitabilidade e o Bem-Estar como integridade e segurança
Escolho a psicanálise para tentar uma interface entre a arquitetura e a medicina, pedido que motivou originalmente esta reflexão. Uma habitação é algo mais que um abrigo e constitui sua habitabilidade com tempo e uso, como vimos acima. A casa ou uma clínica onde eu me interne não criam significado em si mas na medida em que se tornam espaços vividos e habitados. Meu psicanalista diz, e é verdade, que eu não habito meus lugares: meu lugar de marido, meu lugar de filho, meu corpo, meus desejos e, mesmo eu sendo arquiteto, tenho dificuldades em habitar minha própria casa. Outros lugares eu habito razoavelmente bem, como minha condição de intelectual e professor, meu lugar de pai, minhas palavras aqui ou lá na sessão com ele. Não habitamos todos os lugares, mas só aqueles aos quais nos entregamos, nos sentimos inteiros e proporcionados a nós e ao nosso uso. A condição do bem-estar circula em torno dessa inteireza do lugar que reúne, de alguma forma, nossos pedaços. Estar bem com o corpo do amado implica em que este corpo tome para nós uma dimensão que não é apenas física, um feixe de músculos e ossos organizados segundo uma determinada proporção ou desproporção, harmonia ou desarmonia. Se for desarmônico colocamo-lhe ³cosméticos², damo-lhe um cosmos ou uma ordem sob a forma de amor. Da mesma forma, a casa recebe seus ³cosméticos², suas texturas e tons afetivos para dar-nos uma certa acepção de ordem, harmonia e sentido que queremos junto a nós.
O corpo do amado e desejado é inteiro para nós, na medida em que ele contém, além de sua realidade física, uma realidade simbólica e imaginária. Pela primeira, ligada à ordem da linguagem, o corpo porta palavras, gestos, pensamentos, significados e sentidos que estão juntos à sua pele, aos cabelos e aos brilhos dos olhos. Da mesma forma, se refiro ao meu próprio corpo. Posso ser feio e velho e gordo, mas me considerar bonito, jovem e magro, mesmo diante do espelho. E cometer as minhas estripulias. E vice-versa. Mesmo as palavras dos outros depositam-se no modo de eu ver o meu corpo. E também temos uma dimensão imaginária do corpo, que envolve os desejos, lembranças e sonhos, além do físico e da linguagem, como se lê em Lolita de Nabokov ou Morte em Veneza de Th. Mann.Da mesma forma que um corpo tem vários corpos, uma casa tem várias casas, como no poema ³Mentiras e Humilhações² de Drummond, e um bosque inclui vários bosques, como apontamos em Proust. Tanto quanto a casa real e física que o corretor avalia, temos também a casa simbólica e a casa imaginária, com suas referências, suas imagens, seus escritos, seus vividos, suas lembranças e seus desejos. Daí a importância da casa da infância ou da casa em que os amantes sonham ter juntos em seus devaneios. Já de antemão, essas lembranças e devaneios, sempre e já, são lugares em que habitamos e providenciam um bem-estar real, como nos mostra o precioso A Poética do Espaço, de Gaston Bachelard. O porão não é só porão mas lugar que esconde imagens misteriosas e desejos de toda espécie. O sótão também. Um quarto é um lugar onde eu não apenas entro para dormir mas que, de alguma forma, me faz descer dois degraus no mundo e em mim mesmo. E uma escada e um corredor podem ser desconfortáveis mas bons, se me dão uma certa alegria aos músculos e se introduzem alguma ludicidade em meu movimento. Enfim, o estar bem não decorre apenas do conforto funcional dado pela habitação, mas também por afetar e acolher as dimensões do imaginário e do simbólico. Por isso, eu posso, por exemplo, não ver beleza e desejo num corpo maravilhoso se ele não tece em si também as dimensões do simbólico e do imaginário. E a habitabilidade plena só se dá quando o real, o simbólico e o imaginário se integram, como faz Jung na ³Torre² em Memórias, Sonhos e Reflexões, vendo as dimensões da casa como instrumento e reflexo do próprio auto-conhecimento. Só assim temos os lugares em que realmente habitamos, lugares que organizam uma certa totalidade, integram nossas várias dimensões existenciais, transformam o caos de nossos corpos individuais e coletivos em cosmos com ordem e sentido: assim convém determinar os espaços privados e públicos, os edifícios e cidades.Freud diz ser a casa o substitutivo do útero no qual o homem se sentia seguro e à vontade.[7][7] O mal-estar definir-se-ia quando estamos num lugar que nos põe inseguros e ficamos pouco à vontade, não acolhidos, dele algo alienados e por ele como que ameaçados. A ânsia ou nostalgia daquela condição uterina, em Freud, é o que leva o ser humano a construir o seu bem-estar: estar à vontade e em segurança. Estar à vontade numa habitação, ou com alguém, é senti-la familiar, familiaridade que se conquista através do tempo e do uso de que falamos acima.Passemos ao sentir-se seguro em algum lugar e no mundo, objetivo do habitar e do ³construir² que o tem como fim. Heidegger desenvolve esse tema freudiano do ³habitar como sentir-se seguro e à vontade² a partir da palavra alemã bauen, que significa tanto ³construir² como ³murar e cultivar². Dela se origina o verbo bin, ³eu sou², ³tu és², o que quer dizer também, ³eu habito², ³tu habitas². O homem enquanto habitante: ele é pai ao habitar o lugar de pai, por exemplo; é marido ao habitar o lugar de marido. Confere limites muro, pólis a este lugar em que se protege e, simultaneamente, o cultiva. Não existe habitar quando não apreendemos a habitação como o ser do homem, quando não ³moramos² nela , quando ela não é nossa ³morada². E esse morar, como desenvolve Heidegger a partir do arcaico wunian, significa estar contente e permanecer em paz, poupado dos danos e ameaças, ou seja, cuidado e cercado por uma proteção. O bem-estar, portanto, implica em dotar limites, reais, simbólicos ou imaginários a um território no qual nos sentimos seguro, protegido e cultivado. Um cultivo de si e de suas próprias possibilidades, ou seja, um lugar de construção da ³liberdade², o das freie, da ³paz², freien, que devolve alguma coisa ao seu ser e que procuramos assegurar cercando-a de uma proteção: o traço fundamental da habitação é esse cuidado com que se define a habitabilidade e se constitui o bem-estar.[8][8] E é esse também o traço fundamental da polis ³a cidade cujo ar liberta², como em um dito alemão do século XII , palavra que decorre do verbo ³murar².
Por isso, a habitação, que não se resume apenas à casa, constitui-se no lugar que nos devolve a nós mesmos, às nossas certezas, através dos usos, estímulos, espaços e objetos que escolhemos ter ao nosso redor. Dessa forma, o bem-estar se constitui quando a habitação nos salva, cuida de nós, nos cultiva e nos devolve a nós mesmos, à nossa história, à nossa tradição e às nossas possibilidades, nos ancora, nos segura, nos dá o assentimento do eu e a segurança requerida por Freud para o bem-estar. O bem-estar invoca as construções do espírito, além das do corpo, e, portanto, a própria liberdade que nele se respira.Esse espírito não constrói a esmo, mas com geometria, precisão e claridade. Ele ordena-me nas várias dimensões do vivido: em meus hábitos, em meu tempo, em minha alma, em meu corpo real, simbólico e imaginário, seguro, cultivado e à vontade. O bem-estar é o próprio exercício da ³habitabilidade², ou seja, da assunção do meu lugar para mim, para o mundo e para o absoluto.
NOTAS:
[1][1] Este artigo foi pensado originalmente em função de palestras pronunciadas na Faculdade de Medicina da UFMG em 12 de novembro de 2004 e 27 de setembro de 2005. Ele integra nossa produção na pesquisa ³Arquitetura, República e Humanismo², desenvolvida com o auxílio do CNPq. Mais elaborado, ele constituiu-se como nossa contribuição ao Seminário Projetar 2005, realizado em novembro de 2005, no Rio de Janeiro.
[2][2] Cf. Moacyr Laterza introduzindo BRANDÃO, Carlos Antônio Leite. A formação do homem moderno vista através da arquitetura. Belo Horizonte: UFMG, 1999. p. 17
[3][3] Cf. Moacyr Laterza introduzindo BRANDÃO, Carlos Antônio Leite. A formação do homem moderno vista através da arquitetura. Belo Horizonte: UFMG, 1999. p. 17
[4][4] ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987. p. 147.
[5][5] Cf. HEIDEGGER, Martin. Construir, habitar, pensar. In: CHOAY, Françoise (org.). O urbanismo. Trad. Dafne Nascimento Rodrigues. São Paulo: Perspectiva, 1962. p. 345-350.
[6][6] Cf. ARGAN, Giulio Carlos. Projeto e Destino. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Ática, 2001. p. 7-64.
[7][7] ³A escrita foi, em sua origem, a voz de uma pessoa ausente, e a casa para moradia constituiu um substituto do útero materno, o primeiro alojamento, pelo qual, com toda a probabilidade, o homem ainda anseia, e no qual se achava seguro e se sentia a vontade.² FREUD. Sigmund. Trad. José Otávio de Aguiar Abreu. Rio de Janeiro: Imago, 1997. O Mal-Estar na Civilização. p. 43
[8][8] CHOAY. F. O Urbanismo. Trad. Dafne Nascimento Rodrigues. São Paulo: Perspectiva, 1979. p. 348.
FONTE: http://www.arquitetura.ufmg.br/ia/
FONTE: foto http://www.lavadeiraesoterica.blogger.com.br/Floresta%20Negra.jpg
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